Integrantes
da cúpula do PT e do governo passaram a acelerar as negociações com lideranças
de outros partidos em torno das propostas que tratam da reforma política. As
movimentações se intensificaram nesta terça-feira, 31, um dia após o presidente
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmar que pretende colocar em votação
"até a terceira semana de maio" a Proposta de Emendas à Constituição
que prevê novas regras para as campanhas eleitorais.
As declarações do peemedebista
ocorreram ontem, 30, durante o Fórum dos Grandes Debates, realizado em Porto
Alegre. No entendimento de Cunha, as novas regras precisam ser aprovadas a
tempo de começarem a valer para a eleição municipal de 2016. No começo da tarde
desta terça, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), se reuniu com
os deputados Henrique Fontana (PT-RS) e com Paulo Teixeira (PT-SP), ocasião em
que se discutiu o melhor caminho para chegar ao mês de maio com uma proposta
construída pelo PT.
"Alertamos sobre a aceleração da
pauta da reforma política. O presidente Eduardo Cunha afirmou que vai votar no
meio de maio, temos que nos mover. A ideia é acelerar as negociações. Estamos
procurando todos os partidos", afirmou Fontana à reportagem, após o
encontro com Mercadante.O deputado foi relator de uma PEC de reforma política,
mas que por falta de acordo não chegou a ir a votação em plenário. Segundo ele,
o momento, no entanto, é de uma nova negociação. "O PT vai defender um
teto e o fim do financiamento da empresa em campanha e para os partidos",
afirmou o deputado.
Fontana ressaltou que o PT não
descarta, entretanto, a possibilidade de as doações serem feitas por meio de
pessoas físicas. Na próxima semana, o tema será discutido com o presidente do
PT, Rui Falcão, em reunião agendada para ocorrer em Brasília.
Um dos embates que o partido deverá
ter com o PMDB, que detêm a maior bancada no Congresso, é na questão do sistema
eleitoral. Os peemedebistas defendem que sejam adotado o "distritão",
sistema no qual cada Estado e o Distrito Federal seria um distrito. Por esse
modelo, são eleitos para a Câmara, Senado, assembleias estaduais e Câmaras de
Vereadores os candidatos mais votados em ordem decrescente até atingir o número
total de vagas.
"Temos uma crítica forte ao
distritão defendido pelo PMDB. Para nós é fim dos partidos, pois termina de
fragmentá-los. Por esse modelo poderemos ter de 30 a 40 partidos",
criticou Fontan
Por Uol Notícias.
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